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ALEXANDRE PADILHA, CANDIDATO DO CMI – CONSELHO MUNDIAL DE IGREJAS?

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Uma das articulistas semanais da Folha de S. Paulo, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), deu à sua coluna de 19 de janeiro o sugestivo título “Conspiração: teoria e prática”. O texto sintetizava a insidiosa agenda do aparato ambientalista-indigenista no Brasil, ironizando um argumento frequentemente empregado pelos seus integrantes quando se vêem diante de denúncias sobre os seus vínculos internacionais – o de que se tratariam de mera “teoria conspiratória”. Vale recordar as palavras da senadora:

«A sociedade brasileira está sendo artificialmente desunida e segmentada em negros, índios, feministas, gays, ambientalistas e assim por diante. Em torno de cada um desses grupos aglutinam-se milhares de ONGs, semeando o sentimento de que cada qual padece de injustiças, que têm que ser cobradas do conjunto da sociedade. Que país pretendem construir? Não tenham dúvida: um país em que o Estado, com seu poder de coerção, seja a única instância capaz de deter os conflitos que ele mesmo produz; um Estado arbitrário, na contramão dos fundamentos da democracia. Não é teoria da conspiração. É o que está aí.»

Na edição de 30 de janeiro, a Folha deu a conhecer um convênio assinado pelo Ministério da Saúde, com a ONG Koinonia-Presença Ecumênica e Serviço, nos últimos dias de 2013, para executar “ações de promoção e prevenção de vigilância em saúde”. A pauta do convênio prevê, até dezembro deste ano, a capacitação e formação de 90 jovens, por meio de palestras, aulas e jogos, para ensinar a evitar e tratar doenças sexualmente transmissíveis, como a AIDS. O valor do convênio é de R$ 199.800,00.

Ocorre que a Koinonia tem como um dos fundadores o veterano militante das redes do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) no Brasil, Anivaldo Pereira Padilha, que vem a ser pai do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, de malas prontas para deixar o cargo e lançar-se à disputa pelo governo de São Paulo pelo PT. O CMI, como sabem os leitores regulares deste boletim, é a entidade que, por detrás da fachada da promoção de um falso ecumenismo religioso, funciona como coordenadora do indigenismo e outras formas insidiosas de interferência política em países de interesse para os seus mentores do Establishment oligárquico anglo-americano. Em seu livro “Quem manipula os povos indígenas contra o desenvolvimento do Brasil: um olhar nos porões do Conselho Mundial de Igrejas” (Capax Dei, 2013) os jornalistas Lorenzo Carrasco e Silvia Palacios, membros do conselho editorial deste boletim, assim descrevem os vínculos entre tais ONGs:

«Para os membros do Conselho do Conselho Mundial de Igrejas, não existe uma lealdade a qualquer religião particular, o que, nesse ecumenismo ad hoc, permite, inclusive, que se seja agnóstico ou abertamente antirreligioso. Este é, precisamente, o tipo de militância existente no aparato indigenista que opera em Brasil, observado em organizações como o ISA [Instituto Socioambiental], Koinonia, Ação Educativa e o próprio CIMI [Conselho Indigenista Missionário], cuja filiação à CNBB [Conferência Nacional dos Bispos do Brasil] não passa de mera formalidade, já que suas ações são ditadas pela agenda do aparato indigenista do qual faz parte.»

«Em todos os casos, inexiste qualquer indício de um genuíno trabalho missionário, buscando a evangelização ou o progresso das populações indígenas, em harmonia com os melhores interesses das nações e dos valores cristãos. Ao contrário, essas organizações “missionárias” promovem o que entendem como os interesses dos povos indígenas – em essência, preservá-los em reservas que se assemelham a “zoológicos humanos”, separados do restante das sociedades nacionais, como membros de uma humanidade abstrata, desprovida de princípios universais e vivendo em condições institucionais que antecedem a existência dos Estados nacionais soberanos. Ou seja, uma causa perfeita para promover um “humanitarismo” hipócrita, para favorecer o estabelecimento de estruturas supranacionais de “governo mundial”. No caso brasileiro, o mesmo ocorre com outras populações marginalizadas, minorias étnicas e outras, organizadas contra as instituições cívico-militares do Estado nacional. Sempre atuando com o mote de “a humanidade acima da nação” – na realidade um “imperialismo humanitário”.»

A Koinonia foi fundada em 1994, a partir de um desmembramento do Centro Ecumênico de Documentação e Informação (CEDI), por sua vez, oriundo do Centro Evangélico de Informações (CEI), criado em 1964, como um centro de coordenação das operações do CMI no Brasil. A divisão do CEDI foi efetuada para promover uma divisão de trabalho entre as redes do CMI, que ficou assim:

♦ Koinonia: direitos sexuais e reprodutivos, dos homossexuais e sociedades quilombolas;

♦ Ação Educativa: direitos humanos, igualdade étnico-racial e políticas de gênero;

♦ Instituto Socioambiental (ISA): campanhas ambientalistas e indigenistas.

Devido às repercussões da reportagem, o diretor-executivo da Koinonia, Rafael Soares de Oliveira, passou o dia explicando que a maior parte da receita da ONG provém de fontes estrangeiras e privadas. Em uma mensagem enviada ao sítio do jornalista Luís Nassif, ele relatou:

«Durante esses 20 anos, a entidade firmou convênios, parcerias e contratos de cooperação com organismos internacionais – Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), União Europeia, Ford Foundation (EUA), Christian Aid (Reino Unido), Church World Service (EUA), Conselho Mundial de Igrejas (Suiça), Igreja Unida do Canadá, Igreja Anglicana do Canadá, ACT Alliance, Igreja da Suécia, Canadian Foodgrains Bank, Norwegian Church Aid, entre outros.»

«Cabe informar que grande parte da receita da entidade é obtida por meio do financiamento das entidades e organismos internacionais. Em 2013, por exemplo, do total do orçamento da Koinonia, 85,96% foi composto por doações internacionais e nacionais não-governamentais. Os recursos governamentais compuseram 14,04% da receita.»

A candidatura de Alexandre Padilha ao governo paulista oferece uma interessante perspectiva às redes do CMI, caso ele venha a eleger-se, pois teriam um importante aliado político no Estado mais poderoso do País.

Diante dos fatos, que falam por si próprios, podemos encerrar repetindo a conclusão de Kátia Abreu:

“Não é teoria da conspiração. É o que está aí.”

 

Créditos ➞ Este artigo foi apresentado no Boletim Eletrônico MSIa INFORMA, do MSIa – Movimento de Solidariedade Íbero-americana, Vol. V, No 27, 31 de Janeiro de 2014.

MSIa INFORMA ➞ É uma publicação do Movimento de Solidariedade Ibero-americana (MSIa). Conselho Editorial: Angel Palacios, Geraldo Luís Lino, Lorenzo Carrasco (Presidente), Marivilia Carrasco e Silvia Palacios. Endereço: Rua México, 31 – sala 202 – Rio de Janeiro (RJ) – CEP 20031-144; Telefax: 0xx 21-2532-4086.

Para saber mais sobre o tema ➞ Visitar os sites da MSIa/Capax Dei: http://www.alerta.inf.br/ e http://www.msia.org.br/.

Mensagens e sugestões ➞ Favor enviar para msia@msia.org.br

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